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Salgueiro Maia

Fernando José Salgueiro Maia, (Castelo de Vide, 1 de julho de 1944 — Lisboa, 4 de abril de 1992),

foi um militar português.

 

Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do Exército Português,

que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução de 25 de abril, que marcou o final da

ditadura. Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher Francisca Silvéria

Salgueiro, frequentou a Escola Primária em São Torcato, Coruche, mudando-se mais tarde para

Tomar, vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária

de Francisco Rodrigues Lobo). Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e

Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.

 

Em Outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e, acabado o curso, apresenta-se

na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Foi comandante

de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial.

 

Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro

Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de Março de 1974 e do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.

 

A 25 de Novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santarém. Em 1984 regressa à EPC.

 

A 24 de Setembro de 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, e, a título póstumo, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a 28 de junho de 1992,[3] e em 2007 a Medalha de Ouro de Santarém.

Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981 e, posteriormente, a Tenente-Coronel.

 

Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o vitimaria a 4 de abril de 1992.

Fonte: Wikipédia

Webmaster: Rafael Costa

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